Sessões de fono e o treino da respiração

Você sabia que nosso cérebro não precisa receber nenhum comando específico para respirarmos? Isso acontece porque o ato de respirar é uma ação involuntária e, em decorrência desta característica automática, muitas vezes respiramos de forma inadequada. Os malefícios trazidos por esta prática já foi tema de outro artigo que publicamos aqui.
De acordo com a fonoaudióloga da Neurofisio Intensiva, Karla Lins, puxar o ar pelo nariz é fundamental, porque ele está mais preparado para receber o oxigênio direcionado ao pulmão. Além disso, a cavidade nasal tem pêlos que ajudam a limpar as impurezas do ambiente. Isso sem contar que o nariz ajuda a aquecer o ar, que chega aos pulmões mais próximo dos 37° C, a temperatura média do corpo. Já a boca não apresenta esse poder de filtro nem de aquecimento. 

Há aproximadamente 2 anos, Diego Silva sofreu um acidente grave e perdeu os movimentos dos membros superiores e inferiores. Em decorrência dessa lesão medular, o paciente tem dificuldades respiratórias ao falar por um longo período ou em um tom mais alto do que o habitual. Para superar tais dificuldades, ele faz sessões de fonoaudiologia focadas no aprimoramento da respiração, no tempo máximo de fonação (TMF) e a na capacidade vital (CV).

Para a produção da voz é necessário estar com a respiração adequada, pois a quantidade de ar vinda dos pulmões determina a altura (ou volume) da voz.

A respiração adequada é caracterizada por uma movimentação lenta, ritmada e coordenada de tórax e abdômen durante a inspiração e expiração, o que é importante para a qualidade da vocalização. Para falar bem é necessária uma ação coordenada de todo um conjunto de estruturas que governam a respiração, a fonação e a articulação.

Veja a seguir um vídeo que produzimos com alguns exercícios de respiração.

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